Pílulas (Frase da Semana)

s vezes nossas escolhas erradas podem nos levar ao caminho certo."

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domingo, 7 de agosto de 2011

O que me choca


Acordei hoje com um documentário na MTV sobre a Amy Winehouse, sua carreira, sucessos, polêmicas... Eu ñ era uma fã, nem conhecia mto seu trabalho. Só um pouco do talento, impossível de não notar. E, claro, as polêmicas. Não importa o quão talentosa uma pessoa seja, aliás, ñ importa quem uma pessoa seja. As pessoas sempre lembrarão dela na mesma medida das polêmicas que ela causou...

No caso da Amy (nossa, q intimidade, rs), a morte repentina e tão precoce fez chover na mídia toda sua trajetória de envolvimento com drogas e álcool. Vi muitos programas de TV, sites e inúmeros comentários sobre a sua transformação de moça simples – gordinha até – em um espectro magro, abatido, doente. Sua degradação a céu aberto. Vi sobre os shows cancelados, a voz desafinada, o andar desajeitado, a maquiagem borrada, o cabelo despenteado.

Vi crueldade. Vi satisfação com o fim trágico dessa história. Vi pessoas celebrarem o resultado de uma vida desregrada, usando como exemplo negativo, justificando os meios pelo fim. Vi intolerância. Vi julgamentos. Vi incompreensão.

Nada disso me choca, infelizmente. A vida dela e tudo q ela fez e passou não me choca nem um pouco. O que me choca é ver pessoas demonstrarem tão pouco amor pelo ser humano. O que me choca é ver pessoas, algumas que até se consideram “cristãs”, se justificando pelo erro do outro, usando o sofrimento alheio pra mostrar o quão “perfeitos e corretos” são por serem tão “diferentes” dela. Comentários como “bem feito”, “esse era o fim que ela merecia”, “ta vendo, isso é q dá”, choveram nas redes sociais, como se ninguém percebesse que dentro daquele corpo magro, embaixo de todo aquele cabelo estiloso, das tatuagens e da maquiagem pesada, havia um ser humano, igualzinho a eles, sofrendo as mesmas dores, fracassos e desilusões que qualquer pessoa está sujeita a sentir... Poderia acontecer com qualquer um. Na verdade, já está acontecendo, aos montes.

Falta de amor. Isso sim me choca...


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terça-feira, 26 de julho de 2011

Maratona



Ja faz um tempinho que eu ñ apareço, mas é que os últimos meses têm sido mesmo corridos, tanta coisa ao mesmo tempo, ainda ñ deu nem pra respirar...

Primeiro foi a monografia, que quase por um milagre eu consegui fazer toda em pouco mais de 1 mês e sem orientador (a minha achou de parir antes da hora e me deixou na mão). Mas o q importa é que deu tudo certo, eu consegui entregar, apresentar e ainda tirei 10! \o/

Depois disso foi último estágio de Saúde da Mulher. Ñ que tenha sido mais trabalhoso que os outros, mas toma mto tempo... E nem foi tão bom como eu esperava... Além disso, começou uma reforma em casa, que ficou praticamente de cabeça p baixo, pra troca do piso!

Assim que fiquei de férias, mudei temporariamente pra casa de mamãe, no Maiobão (a reforma finalmente chegou ao meu quarto, tive q sair), então veio o niver de Ana Maria. Mta coisa pra fazer, decoração, docinhos... Mas a festinha foi linda! Na mesma semana nasceu a Catarina, filhinha da minha amiga Elcy, e é claro que a tia babona tinha que estar lá por perto, dando uma assistência!

Na semana seguinte, preparativos para a formatura, que foi dia 14, depois Aula da Saudade (que foi dia 19) e Culto Ecumênico (que foi dia 20). Passei quase 2 semanas em meio a ensaios, roupas, cabelos e maquiagem. Mas foi tudo lindo, ótimo, to mto feliz de terminar essa etapa da minha vida!

E no fim da maratona, ainda teve o casamento de Fernanda e Luís (do qual eu muito honradamente fui madrinha), a 1ª apresentação do Ministério Viver (do qual eu agora faço parte) e o DR Cohatrac, q eu ñ participei mas fui dar o ar da graça (e apoio moral) ao menos no último culto (24.07).

Ufa... cansou, hein? E olha q tem mta coisa q eu ñ descrevi aqui, senão ninguém teria paciência  p ler (nem msm eu!)...

Agora que as coisas parecem estarem mais calmas, é o coração que ta pilhado... entre outras coisas, está a difícil decisão pela pós-graduação... muitas opções, poucas certezas... mas isso aí ja é assunto p outro post!


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terça-feira, 24 de maio de 2011

boas maneiras


Essa semana eu vi uma cena q me deixou pensativa. Na verdade, é uma cena bem comum, em que um idoso entra no ônibus lotado e ninguém se levanta pra dar-lhe o lugar. Na ocasião, além de mim, só haviam homens jovens sentados nos bancos preferenciais. Acho q já da pra imaginar o q aconteceu, né? Um dos caras mto educado percebeu a situação, e levantou-se, dando o lugar para a velhinha.

Ei, acorda!! É claro que não foi isso que aconteceu! Os caras ficaram lá, fingindo que não tavam vendo nada e eu fui q tive que levantar! rs

Mas a questão aqui que me fez pensar é o fato de que, as mulheres lutaram tanto por liberdade, direitos iguais, e só o que conseguiram foram “deveres iguais”. Tripla jornada de trabalho, estresse, competição, doenças cardíacas, filhos mal educados...

Não sou uma defensora do movimento feminista, muito menos sou machista. Mas não posso deixar de observar (e lamentar) o que nós mulheres perdemos ao longo nesse caminho. Tantas transformações fizeram com que mudassem também até os conceitos de educação, gentileza, coisas que no passado eram ensinados com muito afinco dentro de casa, hoje passam desapercebidos pela maioria, e já não se sabe se é realmente indispensável.

Gestos simples masculinos, como o de puxar a cadeira ou dar o lugar para a moça sentar, abrir a porta do carro, não deixá-las carregar objetos pesados, pagar a conta, já não são considerados “necessários”. Eu sinceramente lamento. Ao contrário do que podem pensar algumas feministas, eu nunca vi nada de machista nesses atos. Muito pelo contrário. Tais gestos não diminuíam a mulher em nada, pelo contrário, as exaltava. São demonstrações de respeito. Como quem fica de pé na presença de uma autoridade, ou não inicia a refeição antes do anfitrião dê a 1ª garfada.

Mas nem tudo está perdido. Ainda há lugares em que se praticam tais coisas espontaneamente, sem nenhum peso na consciência ou orgulho ferido. E são apreciados. Um amigo americano me disse algumas semanas atrás que lá é um absurdo ver um ônibus lotado de homens sentados e mulheres em pé! Idosas e gestantes então? Quase crime! Coisa corriqueira em nossa terrinha, diga-se de passagem.
Longe de mim enaltecer ao americanos (nada contra, só ñ julgo necessário), mas é mto bom ver que ainda existem lugares onde a mulher é tratada com respeito e valorizada. Não como um ser frágil e desamparado, mas com toda dignidade de um ser que merece ser honrado.

Que fique para nós o exemplo...

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sexta-feira, 13 de maio de 2011

"Le pouvoir de la musique"




Interessante como a música tem a capacidade marcar nossas vidas. Ela tem o poder de se entrelaçar ao nosso passado, nossa história e, principalmente, nossas lembranças. Como pequenas chaves ou botões que, uma vez ativados, abrem uma caixinha de memórias relacionadas – ou não – a ela.

Não só as lembranças são trazidas à tona, mas a música consegue trazer também as emoções, sentimentos. Não importa o tempo que se passou, a sensação que sentimos ao ouvir uma música que marcou um momento é impressionantemente a mesma vivida na ocasião. Mesmo que por um breve instante, uma rápida experiência de dèjavú acontece incontrolável, inevitável...

Muitas músicas marcaram muitos eventos importantes da minha vida. Mais até do que agora. Momentos que foram decisivos, pequenos instantes que mudaram a direção da minha vida. Ou, simplesmente, acontecimentos que me definiram e que me tornaram quem eu hoje sou, ainda que não se perceba qualquer ligação hoje em dia.

A música tem também esta força mobilizadora. Ela te resgata e te convida a voltar às origens, a se lembrar quem você era antes de ser quem você é e, principalmente, permitir a si mesmo refletir sobre o que o trouxe até aqui. Cada decisão, cada escolha, cada curva, paradas e corridas frenéticas. Cada instante desses tem sua trilha sonora, e é ela que adorna a história da sua vida.



"Depois do silêncio, 
aquilo que mais aproximadamente 
exprime o inexprimível é a música."
 (Aldous Huxley)


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quinta-feira, 21 de abril de 2011

O "Barato" do Amor



Eu ja terminei de ler o livro "Comer Rezar Amar" a mais de mês (ja to é terminando outro!), mas esses dias estive relendo uns trechos q achei interessante quando estava lendo, e relendo-os, vi que não dxou de ser... rs
Os próximos 3 posts (os que já postei abaixo) são trechos do mesmo livro. Separei por causa dos assuntos...



"O vício é a marca de toda história de amor baseada na obsessão. Tudo começa quando o objeto de sua adoração lhe dá uma dose generosa, alucinante de algo que você nunca ousou admitir que queria - um explosivo coquetel emocional, talvez feito de amor estrondoso e louca excitação. Logo você começa a precisar dessa atenção intensa com a obsessão faminta de qualquer viciado. Quando a droga é retirada, você imediatamente adoece louco e em crise de abstinência (sem falar no ressentimento para com o traficante que incentivou você a adquirir seu vício, mas que agora se recusa a descolar o bagulho bom - apesar de você saber que ele tem algum escondido em algum lugar, caramba, (porque ele antes lhe dava de graça)."

"No amor desesperado é sempre assim. No amor desesperado nós sempre inventamos os personagens dos nossos parceiros, exigindo que eles sejam o que precisamos que sejam, e depois ficamos arrasadas quando eles se recusam a desempenhar o papel que nós mesmas criamos."
[...]
Elizabeth Gilbert

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"Less Found"




“Quando se está perdido, às vezes é preciso algum tempo para você se dar conta de que está perdido. Durante muito tempo, você pode se convencer de que só se afastou alguns metros do caminho, de que a qualquer momento irá conseguir voltar para a trilha marcada. Então a noite cai, e torna a cair, e você continua sem a menor idéia de onde está, e é hora de reconhecer que se afundou tanto no caminho que sequer sabe mais em que direção o sol nasce.”

Elizabeth Gilbert

Pior é quando você nem sabe pra onde estava indo. Ou onde quer ir. Ou se sequer tem pra onde voltar...

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Sobre o Destino (Cont.)

“Sinto que o destino também é um relacionamento – uma interação entre a graça divina e o esforço pessoal direcionado. Sobre metade dele você não tem o menor controle; a outra metade está completamente nas suas mãos, e as suas ações terão conseqüências perceptíveis. O homem não é nenhuma marionete dos deuses, nem tampouco é senhor do seu próprio destino; ele é um pouco de ambos. Galopamos pela vida como artistas de circo, equilibrados em dois cavalos que correm lado a lado a toda velocidade – com um pé sobre o cavalo “destino”, e o outro sobre o cavalo chamado “livre-arbítrio”. E a pergunta que você precisa fazer todos os dias é: qual dos cavalos é qual? Com qual cavalo devo parar de me preocupar, porque ele não está sob meu controle, e qual deles preciso guiar com esforço concentrado?”

“Há tantas coisas no meu destino que não posso controlar, mas outras coisas estão, sim, sob a minha jurisdição. [...] Posso decidir como gasto meu tempo, com quem interajo, com quem compartilho meu corpo, minha vida, meu dinheiro e minha energia. Posso escolher como vou encarar as circunstâncias desafortunadas da minha vida – se as verei como maldições ou como oportunidades). [...] Posso escolher minhas palavras e o tom de voz com que falo com os outros. E, acima de tudo, posso escolher meus pensamentos.”

Elizabeth Gilbert


De alguma maneira, acho que esse texto explica um pouco, na verdade, responde um pouco dos meus questionamentos citados no post "Derrotas" sobre nosso papel frente às tantas decisões que se impõem diante de nós e que por não saber o que fazer, acabamos por colocar toda a responsabilidade no destino (em Deus, no caso), por não ter coragem de fazer uma escolha. Como um amigo me disse certa vez, nossa vida é como um filme, que Deus ja viu. Ele sabe tudo que vai acontecer. E Ele também sabe quais escolhas seriam mais adequadas e tenta nos mostrar, à medida do possível. Mas nos deu a possibilidade, a opção de escrever nossa história com nossa própria letra (ainda que inspirados por Ele, se assim desejarmos).
Entender isso não torna as coisas mais fáceis. Nem mais difíceis. Só preciso saber que sou a única responsável por cada passo que dou, e que haverá uma conseqüência relacionada a cada um deles.

Isso não é uma escolha. É um FATO.


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