Pílulas (Frase da Semana)

s vezes nossas escolhas erradas podem nos levar ao caminho certo."

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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças



Como se elimina uma lembrança?

No filme mencionado no título, o protagonista vive em um tempo em que é possível excluir permanentemente da mente, lembranças seletivas. Um trauma de infância, o horror de uma guerra, uma violência sofrida, um amor frustrado. Imagine só ter a possibilidade de simplesmente apagar da mente, como se nunca tivesse acontecido. Que sonho!

Mas como na vida real ainda não existe esta tecnologia, como então podemos nos livrar dessas lembranças que nos causam dor? Eu me esforço pra entender e, mais ainda, encontrar maneiras de fazer isso. Mas a única coisa que consegui até hoje, foi perceber que não são somente as lembranças ruins que causam angustia não. Lembranças boas podem causar uma dor inimaginável.

Mesmo que a gente se esforce para guardar algumas dessas lembranças numa espécie de gaveta, no fundo de um armário, no porão, escondido no mais profundo e esquecido lugarzinho da alma, elas não podem ser apagadas. Não estão mortas, não estão aniquiladas, extinguidas. Elas podem ficar nesse lugar perdido por bastante tempo. Podem ficar esquecidas por muitos anos.

Ou não.

Elas podem simplesmente resistir à expulsão e se recusar a sair. Às vezes fingem aceitar que não são bem vindas e ficam quietinhas, disfarçadamente, como que brincando de esconde-esconde com a gente. E quando menos esperamos – ou quando esperamos, mas não conseguimos evitar – eis que uma brechinha da porta se abre e lá estão elas, vivíssimas, em alta definição, ansiosas, nos olhando com seus olhinhos brilhantes, afoitos por uma pequena chance de se libertar. E fazer seu doce estrago.

E não precisa muito. Basta um cheiro, uma voz, um objeto, um som, um gesto, um lugar... são como chaves que abrem as fechaduras da alma e libertam as lembranças, misturando por um instante, tempo e espaço, alegria e dor.

A esse momento foi dado o nome de Saudade.

Não importa o quanto nos esforcemos, lutemos, corramos desesperados, em fuga. Uma hora ou outra elas sempre nos alcançam. Na menor oportunidade, cravam suas garras no nosso coração, tentando se prender a qualquer custo. Tentando sobreviver ao esquecimento.

Pensando bem... até que “Uma Mente Sem Lembranças”, como no título do filme, possui um “Brilho Eterno” realmente tentador...



(continua abaixo...)

O que é Saudade



E o que é Saudade?

Saudade é como jogar uma bola para o céu e ela, desafiando a gravidade, desaparecer. E é impossível não ficar ali esperando ela voltar.

É sentir o gostinho de voltar no tempo, e a dor de não poder ficar lá.

É tentar andar pra frente, enquanto o coração puxa para trás.

É querer de volta uma vida que já não cabe na sua vida.

É a incompetência de esquecer.




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domingo, 27 de novembro de 2011

"No Tempo em que os Animais Falavam..."


Hoje eu ouvi um termo que há muito ñ é usado. Na TV, um escritor, falando sobre seu novo livro de contos infantis, comentou que quando era pequeno, as histórias começavam com “no tempo em que os animais falavam...”.

Nossa, um filme passou na minha cabeça naquela hora. Eu também ouvi histórias do tempo em que os animais falavam. Também sou de uma época em que este era o parâmetro para definir quão antiga era uma história. Eu também, como muitas crianças, acreditei que houve realmente esse tempo, essa época. Que infância feliz eu tive!

No tempo em que os animais falavam, tudo era muito diferente. No tempo em que os animais falavam, os vizinhos se conheciam e se cumprimentavam no portão. As crianças brincavam na rua até cansar – a paciência da mãe em chamar pra dentro. E computador era um troço estranho do trabalho do pai.

No tempo em que os animais falavam, havia alegria. Os natais eram encantados, os doces não engordavam e as músicas eram para se cantar junto. Fotografias eram para registrar o momento, e amizades eram para registrar uma vida.

No tempo em que os animais falavam, havia confiança. Fazer compras na quitanda e “anotar” o valor, pago só no final do mês. Sem cartão de crédito, sem promissórias, sem SPC, SERASA. Havia saúde. Banho de sol era remédio e banho de chuva era estimulante. Parar pra pensar na vida era o melhor calmante.

No tempo em que os animais falavam, os sonhos eram pequenos e possíveis. O mundo era tão grande, até onde a vista alcançasse. Até onde os pés alcançassem. Tão real, tão possível. Tão atingível. Os livros eram as “companhias aéreas” que levavam mais longe no tempo e no espaço, e os destinos não tinham limites.

No tempo em que os animais falavam, havia ingenuidade. Maior privilégio dado a um ser humano. A felicidade mais verdadeira e genuína está na inocência, repelente de todos os males. Não há dor quando há inocência. Não há decepção quando há inocência.

No tempo em que os animais falavam, tudo era diferente. Até que um dia eles se calaram. Então não houve mais alegria. Não houve mais confiança. Não houve mais pequenos sonhos possíveis. Acabou-se a ingenuidade.

No tempo em que os animais falavam... eu cresci.






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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Redes sociais



Nos últimos tempos têm-se falado bastante a respeito do crescimento das redes sociais e em como isso tem mudado o mundo que se conhecia. Virou até tema de redação. Novas formas de se relacionar, novas maneiras de conviver, novas formas de se conhecer pessoas, quem não está inserido nesse novo meio social fica meio perdido e começa a ter idéias equivocadas sobre essa nova forma de comunicação.

Começou-se então a se especular sobre o perfil das pessoas que interagem através dessas redes. Têm sido caracterizadas como pessoas solitárias, com dificuldades de relacionamento (no mundo real) e que precisam desse meio “virtual” para se sentir incluído ao mundo. Que sua vida se torna mais “virtual” que “real” e que isso está acabando com a capacidade do homem de interagir com outros “seres humanos”.

Esta é uma idéia muito equivocada. Engana-se quem afirma que a pessoa que se relaciona por meio da internet é menos social. Esquecem-se que do outro lado do PC, existe também um ser humano, tão social quanto. É um ser humano que responde os posts, é um ser humano que compartilha os textos que lhes tocam, que cutuca pra mostrar que lembrou de alguém, que "curte" para qua a pessoa saiba que ele leu o que ela postou, que expõe suas fotos e a sua vida.

Claro, não há interação física, realmente. Não a um primeiro momento. Mas se há honestidade, pode haver então uma conexão maior até, que é da alma. Porque na net, longe das vistas e da necessidade de impressionar ou agradar, as pessoas tendem a ser mais sinceras, mais objetivas. Esquecendo que tem mesmo outro ser humano do lado de lá, acompanhando tudo q ele faz, ele abre seu coração e acaba mostrando o que há de mais íntimo, mesmo quando não é essa a intenção. Ele se faz conhecer, ou melhor, se permite conhecer, e esse conhecimento vai além da aparência, tão valorizada nos encontros pessoais.

Nunca trocarei o prazer de encontrar um amigo pessoalmente e bater altos papos, jogados num sofá, no banco de um ônibus, na mesa de uma lanchonete ou numa caminhada (adoro). Mas na net, a rede social "estica" a conversa. Ela mantém a ligação mesmo quando o tempo acaba, quando os afazeres são muitos e não permitem os encontros. Ela reencontra velhos amigos de infância e mantém novos amigos por perto, mesmo que longe. Não existe mais distância geográfica, todos estão à distância de um clique. Longe dos olhos, eternamente perto do coração...

Tem como ser mais social que isso?!


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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Hipocrisia Disfarçada

      
“Se tem uma coisa que eu me orgulho nessa vida, é da minha humildade!”

                Parece brincadeira, piada... Mas eu conheço pessoas assim, e elas sequer percebem. Inteligentes, bem relacionados, e muito bem intencionados, estão sempre a dar os melhores conselhos e dispostos a serem os melhores amigos e conselheiros. Defendem as minorias com unhas e dentes, pois se julgam parte delas. Nunca trazem a glória para si. Mas se deliciam ao sentir o gostinho doce do reconhecimento e da popularidade, ainda que disfarçada com extrema resignação.

                Dizem que o pior tolo é aquele que se julga sábio. Sua opinião é sempre a mais relevante, e seu ponto de vista soberano. Mas tudo bem se ninguém os entende, afinal, se consideram sempre incompreendidos pela “massa ignorante” que os rodeia. E o que ele faz, então? Une-se a outros “sábios”, para juntos, discutirem a vida dos pobres mortais desprovidos da mesma inteligência e perspicácia das quais foram agraciados, agradecendo a Deus por tamanha benevolência. Se consideram justos, piedosos, muito santos. Mas desprezam os outros dissimuladamente.

Pobre deles. Derrubados por sua própria ignorância, sequer percebem que sua soberba os faz tropeçar. Não vêem que eles se tornam iguais – senão piores – do que aqueles a quem tanto julgam. Condenam as máscaras que vêem nos outros, mal sabem que suas próprias feições são bem mais repugnantes. Não sabem que aqueles a quem julgam têm por defesa sua própria ignorância. Mas o “juiz” não será absolvido por sua maledicência.  Não querem lembrar que o sol nasce para todos, e que o amor de Deus repousa com carinho especial sobre os pequeninos.

Com sua visão limitada pela arrogância caiada, não conseguem perceber que a verdadeira sabedoria está em pequenas coisas, nos pequenos gestos. No calar, no saber ouvir. Em compreender as mais simples palavras e conseguir ver grandeza em cada uma delas. Na capacidade de aceitar e amar o próximo com todas suas características, e não “apesar dos defeitos”. Está na competência de conseguir ajudar o outro a encontrar suas próprias respostas, sem impor a sua verdade.  Porque o verdadeiro sábio é aquele que reconhece sua própria ignorância.     


Sei que a carapuça deveria servir em muita gente. Mas “fulano de tal” é que dava certinho com esse texto, né não?


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domingo, 7 de agosto de 2011

O que me choca


Acordei hoje com um documentário na MTV sobre a Amy Winehouse, sua carreira, sucessos, polêmicas... Eu ñ era uma fã, nem conhecia mto seu trabalho. Só um pouco do talento, impossível de não notar. E, claro, as polêmicas. Não importa o quão talentosa uma pessoa seja, aliás, ñ importa quem uma pessoa seja. As pessoas sempre lembrarão dela na mesma medida das polêmicas que ela causou...

No caso da Amy (nossa, q intimidade, rs), a morte repentina e tão precoce fez chover na mídia toda sua trajetória de envolvimento com drogas e álcool. Vi muitos programas de TV, sites e inúmeros comentários sobre a sua transformação de moça simples – gordinha até – em um espectro magro, abatido, doente. Sua degradação a céu aberto. Vi sobre os shows cancelados, a voz desafinada, o andar desajeitado, a maquiagem borrada, o cabelo despenteado.

Vi crueldade. Vi satisfação com o fim trágico dessa história. Vi pessoas celebrarem o resultado de uma vida desregrada, usando como exemplo negativo, justificando os meios pelo fim. Vi intolerância. Vi julgamentos. Vi incompreensão.

Nada disso me choca, infelizmente. A vida dela e tudo q ela fez e passou não me choca nem um pouco. O que me choca é ver pessoas demonstrarem tão pouco amor pelo ser humano. O que me choca é ver pessoas, algumas que até se consideram “cristãs”, se justificando pelo erro do outro, usando o sofrimento alheio pra mostrar o quão “perfeitos e corretos” são por serem tão “diferentes” dela. Comentários como “bem feito”, “esse era o fim que ela merecia”, “ta vendo, isso é q dá”, choveram nas redes sociais, como se ninguém percebesse que dentro daquele corpo magro, embaixo de todo aquele cabelo estiloso, das tatuagens e da maquiagem pesada, havia um ser humano, igualzinho a eles, sofrendo as mesmas dores, fracassos e desilusões que qualquer pessoa está sujeita a sentir... Poderia acontecer com qualquer um. Na verdade, já está acontecendo, aos montes.

Falta de amor. Isso sim me choca...


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terça-feira, 26 de julho de 2011

Maratona



Ja faz um tempinho que eu ñ apareço, mas é que os últimos meses têm sido mesmo corridos, tanta coisa ao mesmo tempo, ainda ñ deu nem pra respirar...

Primeiro foi a monografia, que quase por um milagre eu consegui fazer toda em pouco mais de 1 mês e sem orientador (a minha achou de parir antes da hora e me deixou na mão). Mas o q importa é que deu tudo certo, eu consegui entregar, apresentar e ainda tirei 10! \o/

Depois disso foi último estágio de Saúde da Mulher. Ñ que tenha sido mais trabalhoso que os outros, mas toma mto tempo... E nem foi tão bom como eu esperava... Além disso, começou uma reforma em casa, que ficou praticamente de cabeça p baixo, pra troca do piso!

Assim que fiquei de férias, mudei temporariamente pra casa de mamãe, no Maiobão (a reforma finalmente chegou ao meu quarto, tive q sair), então veio o niver de Ana Maria. Mta coisa pra fazer, decoração, docinhos... Mas a festinha foi linda! Na mesma semana nasceu a Catarina, filhinha da minha amiga Elcy, e é claro que a tia babona tinha que estar lá por perto, dando uma assistência!

Na semana seguinte, preparativos para a formatura, que foi dia 14, depois Aula da Saudade (que foi dia 19) e Culto Ecumênico (que foi dia 20). Passei quase 2 semanas em meio a ensaios, roupas, cabelos e maquiagem. Mas foi tudo lindo, ótimo, to mto feliz de terminar essa etapa da minha vida!

E no fim da maratona, ainda teve o casamento de Fernanda e Luís (do qual eu muito honradamente fui madrinha), a 1ª apresentação do Ministério Viver (do qual eu agora faço parte) e o DR Cohatrac, q eu ñ participei mas fui dar o ar da graça (e apoio moral) ao menos no último culto (24.07).

Ufa... cansou, hein? E olha q tem mta coisa q eu ñ descrevi aqui, senão ninguém teria paciência  p ler (nem msm eu!)...

Agora que as coisas parecem estarem mais calmas, é o coração que ta pilhado... entre outras coisas, está a difícil decisão pela pós-graduação... muitas opções, poucas certezas... mas isso aí ja é assunto p outro post!


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terça-feira, 24 de maio de 2011

boas maneiras


Essa semana eu vi uma cena q me deixou pensativa. Na verdade, é uma cena bem comum, em que um idoso entra no ônibus lotado e ninguém se levanta pra dar-lhe o lugar. Na ocasião, além de mim, só haviam homens jovens sentados nos bancos preferenciais. Acho q já da pra imaginar o q aconteceu, né? Um dos caras mto educado percebeu a situação, e levantou-se, dando o lugar para a velhinha.

Ei, acorda!! É claro que não foi isso que aconteceu! Os caras ficaram lá, fingindo que não tavam vendo nada e eu fui q tive que levantar! rs

Mas a questão aqui que me fez pensar é o fato de que, as mulheres lutaram tanto por liberdade, direitos iguais, e só o que conseguiram foram “deveres iguais”. Tripla jornada de trabalho, estresse, competição, doenças cardíacas, filhos mal educados...

Não sou uma defensora do movimento feminista, muito menos sou machista. Mas não posso deixar de observar (e lamentar) o que nós mulheres perdemos ao longo nesse caminho. Tantas transformações fizeram com que mudassem também até os conceitos de educação, gentileza, coisas que no passado eram ensinados com muito afinco dentro de casa, hoje passam desapercebidos pela maioria, e já não se sabe se é realmente indispensável.

Gestos simples masculinos, como o de puxar a cadeira ou dar o lugar para a moça sentar, abrir a porta do carro, não deixá-las carregar objetos pesados, pagar a conta, já não são considerados “necessários”. Eu sinceramente lamento. Ao contrário do que podem pensar algumas feministas, eu nunca vi nada de machista nesses atos. Muito pelo contrário. Tais gestos não diminuíam a mulher em nada, pelo contrário, as exaltava. São demonstrações de respeito. Como quem fica de pé na presença de uma autoridade, ou não inicia a refeição antes do anfitrião dê a 1ª garfada.

Mas nem tudo está perdido. Ainda há lugares em que se praticam tais coisas espontaneamente, sem nenhum peso na consciência ou orgulho ferido. E são apreciados. Um amigo americano me disse algumas semanas atrás que lá é um absurdo ver um ônibus lotado de homens sentados e mulheres em pé! Idosas e gestantes então? Quase crime! Coisa corriqueira em nossa terrinha, diga-se de passagem.
Longe de mim enaltecer ao americanos (nada contra, só ñ julgo necessário), mas é mto bom ver que ainda existem lugares onde a mulher é tratada com respeito e valorizada. Não como um ser frágil e desamparado, mas com toda dignidade de um ser que merece ser honrado.

Que fique para nós o exemplo...

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sexta-feira, 13 de maio de 2011

"Le pouvoir de la musique"




Interessante como a música tem a capacidade marcar nossas vidas. Ela tem o poder de se entrelaçar ao nosso passado, nossa história e, principalmente, nossas lembranças. Como pequenas chaves ou botões que, uma vez ativados, abrem uma caixinha de memórias relacionadas – ou não – a ela.

Não só as lembranças são trazidas à tona, mas a música consegue trazer também as emoções, sentimentos. Não importa o tempo que se passou, a sensação que sentimos ao ouvir uma música que marcou um momento é impressionantemente a mesma vivida na ocasião. Mesmo que por um breve instante, uma rápida experiência de dèjavú acontece incontrolável, inevitável...

Muitas músicas marcaram muitos eventos importantes da minha vida. Mais até do que agora. Momentos que foram decisivos, pequenos instantes que mudaram a direção da minha vida. Ou, simplesmente, acontecimentos que me definiram e que me tornaram quem eu hoje sou, ainda que não se perceba qualquer ligação hoje em dia.

A música tem também esta força mobilizadora. Ela te resgata e te convida a voltar às origens, a se lembrar quem você era antes de ser quem você é e, principalmente, permitir a si mesmo refletir sobre o que o trouxe até aqui. Cada decisão, cada escolha, cada curva, paradas e corridas frenéticas. Cada instante desses tem sua trilha sonora, e é ela que adorna a história da sua vida.



"Depois do silêncio, 
aquilo que mais aproximadamente 
exprime o inexprimível é a música."
 (Aldous Huxley)


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quinta-feira, 21 de abril de 2011

O "Barato" do Amor



Eu ja terminei de ler o livro "Comer Rezar Amar" a mais de mês (ja to é terminando outro!), mas esses dias estive relendo uns trechos q achei interessante quando estava lendo, e relendo-os, vi que não dxou de ser... rs
Os próximos 3 posts (os que já postei abaixo) são trechos do mesmo livro. Separei por causa dos assuntos...



"O vício é a marca de toda história de amor baseada na obsessão. Tudo começa quando o objeto de sua adoração lhe dá uma dose generosa, alucinante de algo que você nunca ousou admitir que queria - um explosivo coquetel emocional, talvez feito de amor estrondoso e louca excitação. Logo você começa a precisar dessa atenção intensa com a obsessão faminta de qualquer viciado. Quando a droga é retirada, você imediatamente adoece louco e em crise de abstinência (sem falar no ressentimento para com o traficante que incentivou você a adquirir seu vício, mas que agora se recusa a descolar o bagulho bom - apesar de você saber que ele tem algum escondido em algum lugar, caramba, (porque ele antes lhe dava de graça)."

"No amor desesperado é sempre assim. No amor desesperado nós sempre inventamos os personagens dos nossos parceiros, exigindo que eles sejam o que precisamos que sejam, e depois ficamos arrasadas quando eles se recusam a desempenhar o papel que nós mesmas criamos."
[...]
Elizabeth Gilbert

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"Less Found"




“Quando se está perdido, às vezes é preciso algum tempo para você se dar conta de que está perdido. Durante muito tempo, você pode se convencer de que só se afastou alguns metros do caminho, de que a qualquer momento irá conseguir voltar para a trilha marcada. Então a noite cai, e torna a cair, e você continua sem a menor idéia de onde está, e é hora de reconhecer que se afundou tanto no caminho que sequer sabe mais em que direção o sol nasce.”

Elizabeth Gilbert

Pior é quando você nem sabe pra onde estava indo. Ou onde quer ir. Ou se sequer tem pra onde voltar...

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Sobre o Destino (Cont.)

“Sinto que o destino também é um relacionamento – uma interação entre a graça divina e o esforço pessoal direcionado. Sobre metade dele você não tem o menor controle; a outra metade está completamente nas suas mãos, e as suas ações terão conseqüências perceptíveis. O homem não é nenhuma marionete dos deuses, nem tampouco é senhor do seu próprio destino; ele é um pouco de ambos. Galopamos pela vida como artistas de circo, equilibrados em dois cavalos que correm lado a lado a toda velocidade – com um pé sobre o cavalo “destino”, e o outro sobre o cavalo chamado “livre-arbítrio”. E a pergunta que você precisa fazer todos os dias é: qual dos cavalos é qual? Com qual cavalo devo parar de me preocupar, porque ele não está sob meu controle, e qual deles preciso guiar com esforço concentrado?”

“Há tantas coisas no meu destino que não posso controlar, mas outras coisas estão, sim, sob a minha jurisdição. [...] Posso decidir como gasto meu tempo, com quem interajo, com quem compartilho meu corpo, minha vida, meu dinheiro e minha energia. Posso escolher como vou encarar as circunstâncias desafortunadas da minha vida – se as verei como maldições ou como oportunidades). [...] Posso escolher minhas palavras e o tom de voz com que falo com os outros. E, acima de tudo, posso escolher meus pensamentos.”

Elizabeth Gilbert


De alguma maneira, acho que esse texto explica um pouco, na verdade, responde um pouco dos meus questionamentos citados no post "Derrotas" sobre nosso papel frente às tantas decisões que se impõem diante de nós e que por não saber o que fazer, acabamos por colocar toda a responsabilidade no destino (em Deus, no caso), por não ter coragem de fazer uma escolha. Como um amigo me disse certa vez, nossa vida é como um filme, que Deus ja viu. Ele sabe tudo que vai acontecer. E Ele também sabe quais escolhas seriam mais adequadas e tenta nos mostrar, à medida do possível. Mas nos deu a possibilidade, a opção de escrever nossa história com nossa própria letra (ainda que inspirados por Ele, se assim desejarmos).
Entender isso não torna as coisas mais fáceis. Nem mais difíceis. Só preciso saber que sou a única responsável por cada passo que dou, e que haverá uma conseqüência relacionada a cada um deles.

Isso não é uma escolha. É um FATO.


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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Certas Coisas


Acordei com essa música na cabeça, hoje...

Certas Coisas
Lulu Santos

"Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...

Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...

Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...

A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim..."



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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Distancia


“A distância não separa verdadeiros amigos”

Esta frase já está até batida, tantas as vezes em que tive que me deparar com ela. Ou melhor, quantas as vezes que pude constatar o quanto é verdadeira. Já sofri muitas “baixas” ao longo do tempo, e algumas delas tive o prazer de ter de volta. Outras não. Enfim, é um sentimento que já me habituei a enfrentar. Esta semana ela volta a me visitar, no momento mais no sentido real, geográfico, do que emocional.

Minha melhor amiga foi embora, morar em outro país. Depois de 11 anos de convivência diária, e mais 2 de visitas mensais e esporádicas, agora a distância nos obrigará a nos vermos somente 1, ou 2 vezes por ano. Haja MSN e Facebook p aplacar a saudade! rs

Saudade é uma coisa interessante. Não sei se com todos funciona da mesma maneira, mas pra mim, ela sempre se apresenta com freqüência e intensidade proporcional à presença daquela pessoa em minha vida, na minha rotina. Por exemplo, se eu costumava ver essa pessoa (que agora está longe) semanalmente, a saudade aperta mais em ciclos de 7 dias. Se mantinha mais contato a cada 2 semanas, a msm coisa. Se convivia diariamente então, é como se um buraco se abrisse, um espaço enorme que fazia parte da minha vida, do meu dia-a-dia, de repente se dilui.

Acho q deu p entender...

Por isso a ficha ainda não caiu. Vai cair (e o pior, vai doer), quando eu tiver diante de uma situação em que ela estaria presente comigo, ou quando tiver passado o tempo em que eu já to acostumada a estar longe, entre um encontro e outro.

Ausência é algo que a gente pode até se acostumar, mas nunca vai deixar de ser sentida...

Droga de mundo globalizado!!!!!!


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domingo, 10 de abril de 2011

"Se Você Pular, Eu Pulo"




Existe limite para o amor? O que seria amar de mais ou amar de menos? Como isso pode ser medido?

Vemos e ouvimos o tempo todo histórias e conselhos sobre o amor, sobre como se deve amar e, principalmente, como não se deve. O senso comum nos mostra em textos, canções e histórias o perigo que é amar demais. É no mínimo interessante considerar que o sentimento mais nobre que existe possa ter seu lado macabro, destrutivo. Não posso dizer que eles estão de todo errados.

Amar demais é arriscado. E você não percebe isso até não tenha mais como voltar atrás. É como investir seu bem mais precioso - seu coração - em um negócio que não tem garantia nenhuma. E que no fundo, vc já sabe que não haverá retorno algum.

Amar demais é caro. Existe um preço alto a ser pago, e quem paga essa conta é você. Você paga com atenção, apoio, carinho, afeto, tempo, cuidado, disposição, e nem sempre recebe na mesma proporção. Pode chegar a não receber absolutamente nada...

Amar demais é renúncia. É se importar com a vida de alguém mais do que com seu próprio bem estar. É ter que escolher qual necessidade precisa ser suprida primeiro, e ter coragem de abrir mão do seu conforto em benefício do outro.

Amar demais dói. Dói ver o outro sofrer. Dói se sentir impotente para tirar esta dor. Dói ter que por algum momento se afastar, e ao perdê-lo é como se um pedaço da sua própria carne lhe fosse tirado. E eu não estou falando somente daquela dor poética ou emocional, não. To falando de uma dor física mesmo. To falando de aperto no peito, falta de ar, nó na garganta, pontadas no estômago, pressão na cabeça, agonia, angústia.

Mas amar demais vale a pena. E não é tão difícil explicar o porque.

Amar demais transforma vidas. Se não a sua, certamente a do outro. Amar “mais-ou-menos” não faz diferença na vida de ninguém, não gera mudança alguma. Não opera milagres. Amar demais não é defeito. Nem qualidade. É somente o ápice, o gesto maior de altruísmo e abnegação que foi dado ao ser humano a possibilidade de oferecer. E o mais verdadeiro exemplo que temos é do próprio Deus, quando foi capaz de “amar o mundo de TAL maneira...” (Jo 3:16).

Se o próprio Deus foi capaz de "amar demais", a ponto de dar a própria vida por pobres pecadores miseráveis e estranhos que nada tinham a oferecer, como poderia eu, recebedora imerecida de tal amor, ter coragem de me negar a dar um tiquinho desse amor a quem quer que fosse?

Posso ter muitas coisas do que me arrepender na minha vida. Mas amar demais nunca será uma delas.


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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Nada como um dia depois do outro...




“Nada como um dia depois do outro - com uma noite no meio!”

Pois é, uns dias se passaram – semanas, na verdade – e, em resposta ao post “Isso é q se chama de Férias?!” agora posso afirmar que estou bem melhor, já voltei à ativa. As coisas estão andando, finalmente.

Já arrumei meu quarto, to conseguindo manter contato com os amigos – os mais próximos, pelo menos – ,  ainda to devendo levar meus irmãos ao cinema, mas já to planejando pra assistirmos "Rio", já fui à praia (duas vezes!), li dois livros (to no 3º) e, principalmente, comecei minha monografia \o/.

Emocionalmente também me sinto outra. Descobri que um dos meus maiores problemas já não existe mais. Que minha família sempre vai me receber com um largo sorriso mesmo que eu passe semanas sem poder ir lá vê-los. Que distância e ausência não separam verdadeiros amigos. Que novas amizades são sempre bem vindas – e podem ser uma ótima companhia. Que sempre posso encontrar blogs de desocupados amigos divertidos e inteligentes(?) p me animar (valeu Narizinho e Pack Head). Que cappuccino antes de dormir me dá insônia (essa foi uma descoberta fantástica!) e q um livro legal pode substituir a TV, pelo menos à noite...

Também já não estou mais tão ansiosa com o que vai me acontecer depois que eu me formar. Esses créditos eu dou ao meu querido Pr. Manoel, que lá da Itália (Glória a Deus pelo msn! \o/) conversou comigo e me acalmou o coração com uma palavra simples e direta. No próximo post eu falo sobre essa palavra com mais detalhes.

Bom, a merda o fato é que agora preciso arcar com as conseqüências do período “in off”.  Ganhei uns 3 kg, só tenho pouco mais de 1 mês p concluir a mono e to cheia de dívidas pra pôr em dia. É a vida, né? Realmente, nem tudo são flores...



"Não importa quantos passos você deu para trás, 
o importante é quantos passos agora você vai dar pra frente"


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quinta-feira, 31 de março de 2011

Déjàvù


Fui questionada certa vez (há muito tempo atrás) se era possível alguém sentir falta de algo que nunca teve. Fiquei sem resposta na ocasião. No auge dos meus 13, 14 anos, eu ainda não tinha vivido o suficiente pra ter uma resposta à altura da provocação. Calada estava, calada fiquei.

Agora sinto-me no direito de resposta. Hoje posso afirmar, com toda convicção que, sim, é possível. Tolice acreditar que podemos passar incólumes por todas as coisas que não vivemos, não conhecemos, não experimentamos e ainda assim, passar o resto da vida satisfeitos com isso.

Eu sinto falta de muitas coisas.

Geralmente convivo bem com essas “perdas”, mas vez em quando uma saudade chega, sorrateira, me lembrando das coisas que “poderiam ter sido mas não foram”. Os lugares que não nunca visitei, os livros que não li, coisas que não tive. As palavras não ditas, as decisões adiadas, as atitudes que não foram tomadas, os carinhos que não recebi, os beijos que não dei, os momentos que não vivi, aquilo que eu nunca consegui ser. Ficam todos martelando, um a um, como um Déjàvù. Todas as coisas que eu fiz, senti e vivi somente nas lembranças de um passado que nunca existiu...

Bom, numa perspectiva mais pessimista, eu posso passar muito tempo ainda me lamentando de tudo isso. Mas, na melhor das hipóteses - e graças a Deus a mais provável nesse momento - é q agora eu sei o tanto de coisas que tenho ainda a fazer, a buscar, a construir. Na visão mais otimista, posso olhar para trás e ver que tenho muito trabalho ainda pela frente. Tantas perdas, desilusões e frustrações têm que ser úteis pra alguma coisa, não?


A vida continua sempre em frente, mas é nosso passado que modela quem somos hoje.”


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segunda-feira, 28 de março de 2011

Derrotas


Esse post devia ter sido feito um ano atrás. Mas como só agora eu consegui colocar as idéias em palavras, ainda ta valendo...

Durante toda nossa vida somos ensinados a ser persistente, nunca desistir dos nossos sonhos, a ter muita fé. O que esquecem de nos ensinar é que a vida é feita também de fracassos e perdas. Às vezes irreparáveis. Inevitáveis. O resultado é que quando não somos capazes de perceber as limitações implícitas nos nossos desejos, terminamos por passar muito tempo insistindo num erro.

Essa insistência desmedida torna-se tão prejudicial que podemos não conseguir perceber quando a fé se transformou em obsessão e a persistência em birra. Podemos estar nos gastando, correndo, batalhando, nos cansando por uma causa já à muito perdida. Com a visão exageradamente focada como quem busca uma miragem, querendo o impossível, corremos o risco de perder, além de um tempo precioso, a oportunidade de olhar para o outro lado e construir novos sonhos, desejos, anseios, objetivos, só que dessa vez, mais palpáveis, mais possíveis, mais REAIS.

Ainda preciso aprender essa diferença entre fé e insistência. Em que momento preciso tomar atitudes e partir para a ação, ou quando é a vez de esperar Deus trabalhar. Se posso realmente descansar, acreditando a toda a batalha já está ganha, só porque a Bíblia diz que “somos mais que vencedores”.
O fato de que "a vitória ja nos foi dada" não nos isenta da luta.

Aprendemos a valorizar tanto o “não desistir dos seus sonhos”, que esquecemos que também existe virtude em reconhecer o fracasso e saber o momento certo de sair de cena. Desperdiçamos a dignidade que há em reconhecer o erro, aceitar nossas limitações, a guerra perdida e ainda assim seguir em frente, sem constrangimentos. Tendo enfim a consciência de que foi feito tudo o que era possível – e até impossível. Lutamos o bom combate... mas não foi dessa vez.

A derrota é temporária, e não podemos nos esquivar dela pra sempre. O fracasso é só o fim de mais um capítulo de nossa história. Outro então de iniciará, com chances renovadas e, dessa vez, recheadas com as experiências vividas e temperadas com todos os aprendizados do fracasso que passou.

Pois como diz o bom e velho ditado: “Errar é humano. Mas persistir no erro já é burrice!


"Nada em mim foi covarde,
nem mesmo as desistências:
desistir, ainda que não pareça,
foi meu grande gesto de coragem."

                                                            Caio F. Abreu

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terça-feira, 22 de março de 2011

Amizade


Existem várias maneiras de construir um amigo. Quando falo de construção, me refiro a todas as partes, cada tijolinho que precisa para se formar um bom amigo.

Falo de Parceria. Pois um bom amigo está contigo em todas as horas, ou pelo menos nas mais legais e/ou importantes. Está ao teu lado e do teu lado, andando, trabalhando, lutando, incentivando, enfim, participando da sua vida ativamente. E, mesmo que por algum motivo vocês se afastem, ao se reencontrarem, não importa o tempo, nada muda. A alegria é a mesma.

Falo também de Disposição, ou Disponibilidade. Um bom amigo está sempre disposto a estar contigo. Não tem preguiça de te ouvir, de te ajudar, de te acompanhar. Ele está disponível qdo vc mais precisa, vc está entre as prioridades dele, na medida do possível.

Falo de Compreensão. Da capacidade de entender, mesmo sem concordar. De lhe ajudar a encontrar suas próprias respostas, sem impor as opiniões dele. De Respeitar suas escolhas e fazes das tuas lutas as dele. E batalhar junto contigo.

Falo de Solidariedade. Da habilidade de perceber que alguma coisa está errada (ou muito certa) sem que você precise dizer uma única palavra e, mais que isso, sentir a mesma coisa junto com você. Por escolha.

Falo de Lealdade. Um bom amigo é capaz de te defender dos outros até mesmo qdo você está errado. Ele entra numa briga por você e com você. E não vai te cobrar por isso. Nem tão pouco ser conivente com seu erro. Ele simplesmente te conhece e não abre mão de você por nada!

E falo de também de Confiança. Tão importante quanto você poder confiar nele, é que ele confie em você. De verdade. Um amigo de verdade confia em você de olhos fechados. Mais até. De olhos fechados, de mãos atadas e na beira de um precipício! Parece exagerado? Não, é não. Eu tenho amigos que confiam em mim assim. E isso não tem preço!

Um bom amigo ñ precisa ter toooodas essas características aí, afinal, ninguém é perfeito, né? Mas quanto mais destes atributos ele tem, mais amigo ele é, isso eu tenho certeza. E a soma de “todas as respostas acima” é a diferença que transforma um bom amigo em um verdadeiro irmão!


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terça-feira, 15 de março de 2011

A perseguição do “SE”



Se” = conjunção subordinativa condicional: inicia uma oração adverbial condicional (equivale a caso).

“Condicão”... indefinição. É o q significa essa palavrinha tão pequenininha que têm me perseguido ultimamente, como naqueles filmes de suspense onde ñ importa para onde a mocinha corra, o bandido sempre aparece de repente em sua frente, não dá para escapar.

Hoje, na minha vida, só consigo ver 1 “quando”, que é “quando eu me formar...” Fora isso, todo o resto é “SE”: “SE eu conseguir um emprego eu faço isso”, “SE eu não conseguir um emprego, vai acontecer aquilo”. Parece bobagem, mas tem outros “SEs” bem mais sérios, tipo: “SE eu passar num concurso pra tal lugar, vou morar lá”, mas “SE eu passar pra outro lugar, é lá que eu vou me instalar”. “SE eu tiver dinheiro suficiente, vou fazer uma viagem”, mas “SE eu estiver trabalhando, vou ter que ficar por aqui mesmo”...

Ahhhhhhhhhhhh

E isso ñ é bobagem, são decisões quer podem mudar todo o curso de uma vida inteira.
Eu sei que todos esses “SEs" são presentes na vida de todo mundo, mas eu to ficando sufocada com isso. É uma indefinição tão grande, que me sinto como que “olhando somente um palmo diante do meu nariz”. Não consigo enxergar nada mais, além de todos esses “SEs". É como se minha vida só fosse até julho (quando provavelmente me formo), que é a última data concreta que eu posso planejar. O resto não dá pra ver, programar, sequer imaginar... só quando eu já estiver lá.

Sei que preciso confiar, na verdade eu confio. Sei que não vai se abrir um buraco negro diante de mim no próximo semestre, mas o caso é que enquanto essas definições não chegam, fico assim. Como naquele filme de suspense, tateando no escuro, um passo de cada vez, forçando os olhos pra tentar inutilmente enxergar um pouquinho mais à frente e saber por onde posso andar.

É... ainda bem que a mocinha sempre escapa e nunca morre no final! Esse é o meu consolo...



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quinta-feira, 3 de março de 2011

Sonho Antigo


Essa semana eu comecei a ler um livro q comprei a mais de um mês, “Comer Rezar Amar”. A história se passa com uma mulher que, numa tentativa de se refazer depois de um divórcio conturbado e o fim de um relacionamento destrutivo, a forma q ela encontra para fugir da depressão que a persegue é através de uma viagem durante um ano inteiro em 3 lugares diferentes, 4 meses em cada – Itália, Índia e Indonésia.

Até que eu ñ tava com grandes expectativas sobre o livro, mas conforme fui passando pela história, comecei a me identificar por causa de um sonho antigo. Na 1ª viagem da personagem ela vai p Itália – Roma, mais especificamente – e lá ela descobre que pode, sim, viver um tempo só p ela, em busca unicamente de prazer. Nada de trabalho, estresse, preocupação com relacionamentos, prazos,... nada. Só o prazer, o mais puro e simples – nada de sexo, que fique claro! rs. Essa foi a maneira que ela achou para encontrar a si mesma e, então, poder encontrar a Deus. Estar em um outro país, aprender um outro idioma só pq acha bonito, comer pratos típicos da região tds os dias sem medo de engordar, andar pelas ruelas da cidade, conhecer gente nova, sentir outro clima, ver outro pôr-do-sol... Meu Deeeeeeeeels!!!!!!

MEU SONHO!!!!!!

Sonho de infância, na verdade. Ñ por querer vagabundar no estrangeiro, simplesmente! rs. Mas viajar, conhecer, colocar os meus pés em váaaarios lugares diferentes do mundo. Sempre tive a concepção de que é um enorme desperdício de vida, passar toda uma existência plantada em um só lugar, tendo um mundo inteiro tão grande e diverso pra conhecer. E nossa vida aqui já é tão curtinha...

E isso não é egoísmo. Poder passar um tempo, olhar p si mesmo, descobrir quem é você de verdade, fora das convenções sociais que te prendem, das limitações “geográficas” que te restringem, saber quem vc realmente é quando ninguém (conhecido) está olhando. Poder ver a si mesmo num novo contexto e constatar que não importa o lugar, a essência é a mesma. Mas as oportunidades são infinitas... Conhecer, experimentar, viver outras realidades, novos cheiros, climas, sensações, rostos, lugares, sabores... Abrir o leque da sua vida. E dar-se a chance de ter novas oportunidades.

Ai, ai..

(continua...)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Nunca se está só quando se tem a "Si"

Essa história realmente me despertou esse sonho, q estava quietinho, escondido por debaixo de muito entulho e escombros que restaram de alguns terremotos e tsunamis dos últimos anos, e agora voltou à tona com tanta força.

Principalmente porque agora eu percebi que eu posso sim, fazer isso, e posso inclusive fazer isso sozinha. Posso ter a mim mesma como companhia, e será uma companhia maravilhosa. Acho q esse é o desejo do meu coração que ta latejando a alguns meses dentro de mim e eu ainda não havia dado ouvidos a ele.

Eu até tentei ano passado, quando viajei p Rio, Mossoró e Fortaleza, mas ñ é a mesma coisa. Acho q posso considerar mais como um pequeno ensaio. Por mais que tenha sido uma experiência legal, ñ teve o mesmo impacto, já que eu estava totalmente limitada. Primeiro por falta de $$$ – fazer nada em outro lugar custa um pouco caro, temos q admitir! E segundo pq eu ñ estava só, então ñ tinha liberdade p fazer o q quisesse, ir onde quisesse, na hora que quisesse... Não foi uma experiência plena.

Mas de tudo, minha maior descoberta foi perceber que o q eu pensava ser minha maior limitação – o fato de ñ ter uma companhia p essas viagens – é na realidade o meu passe livre p realizar td aquilo que desejo sem depender da opinião, disposição ou simples vontade de mais ninguém. Foi uma constatação libertadora, perceber isso. A escolha é tão somente e simplesmente minha! Só minha. Sou EU a maior responsável pela minha felicidade e pelas minhas realizações. Essa é a MINHA vida, minha luta, então eu tenho mais é q arregaçar as mangas e batalhar pelo que quero, sem deixar que as circunstâncias me levem a percorrer um caminho que não quero ir. Deus me deu essa vida, me deu livre arbítrio, me deu sabedoria, entendimento e, portanto, o direito de viver isso.

E se é assim, se é para o MEU bem, e felicidade geral do MEU coração, digo ao povo então, que sim, EU VOU É MESMO!!!!


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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Nostalgia



Hj foi o 1ª dia de fotos para o nosso álbum e convites de formatura.
Gostei de rever a turma, afinal, acho q é a 1ª vez q conseguimos reunir todos desde que as aulas acabaram e começou o período de estágios, em que somente pequenos grupos vão para o campo de cada vez.

Foi bem legal, mas eu senti uma pontinha de nostalgia ao rever todas aquelas pessoas que estiveram comigo, que fizeram e de certa forma ainda fazem parte de algo tão grande e marcante na minha vida. Afinal foram 3 anos de convivência intensa, diária, mas que daqui p frente, apenas as lembranças (e as fotos, é claro! rs) irão eternizar, pois a partir de agora a vida nos levará para caminhos diversos, que nem da p imaginar ainda.

Senti falta também dos que ficaram para trás já no finalzinho do caminho...
Isso tudo me fez lembrar de quantas pessoas já passaram pela minha vida, com importância e participações diferentes, mas que deixaram sua marca e partiram. Pessoas que me viram crescer. Pessoas que me ajudaram a aprender a andar de bicicleta, que me viram ficar “mocinha”, que estiveram no meu aniversário de 15 anos, que vinham p minha casa fazer trabalhos escolares, que me incentivaram no min de louvor, que choraram quando eu fui embora, que trocaram e-mails saudosos qdo eu estava longe... As grandes colegas, as melhores amigas... os “quase irmãos”.

Todos se foram. Tão importantes num momento e tão distantes agora. Como o rastro de um cometa, que passa, deixa sua marca e se vai, seguindo seu curso. Deixando para trás apenas um pequeno faixo de luz que pouco a pouco vai desaparecendo.

Quem sabe para dar espaço para que outras estrelas também brilhem no seu lugar...

Por isso eu sou muito grata, realmente, por aqueles que passaram, marcaram e, mais que isso, optaram por PERMANECER na minha vida. Como testemunhas vivas e participantes da minha singela existência...

AMO VCS!!!!!!


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sábado, 1 de janeiro de 2011

Feliz Ano "Novo"

Finalmente, fim de ano chegou. Mta comida, mtas compras, mtos planos... mtas expectativas... E é aí q o bicho pega! Dia 31.12 é sempre aquele dia especial para reflexões, arrependimentos, agradecimentos. Criar novas metas e “recarregar as baterias” com as esperanças renovadas para o novo ano q se inicia. Como se a virada do ano fosse um momento mágico, em que nossa vida é zerada e começa td de novo!
* Plim *

Como se no dia 01.01 ninguém precisasse lavar toda a louça suja q ficou da ceia (do ano passado), como se nessa 1ª manhã ninguém tivesse que colocar o lixo p fora, fazer compras, limpar a casa, enfim, todas essas coisas chatas e triviais do dia-a-dia. Como se nessa 1ª segunda-feira do ano ninguém precisasse trabalhar, nem topar com pessoas chatas na rua, ou ouvir aquela sua amiga que terminou com o namorado “no ano passado” e ainda passa horas chorando com vc no telefone... Como se as lutas do dia 31 fossem conquistadas automaticamente no dia 1º, e os problemas fossem resolvidos instantaneamente. Como se as conseqüências de nossas decisões, escolhas, erros e acertos não nos encontrassem no novo ano. Como se as dores do dia 31 não doessem mais no dia 1º...

Mas a real é que o mundo não pára de girar entre os dias 31 e 01. E nem muda seu curso, só porque queremos acreditar nisso. É só mais uma noite, seguido de mais um dia. Nada diferente. Nada novo. Só mais um dia com um novo nome. Não sei porque tantas expectativas, tantos planos de mudanças. Já reparou que são sempre os mesmos? No próximo ano todo mundo vai ser mais paciente, menos estressado, menos gordo, mais endinheirado, entrar na academia, viajar, parar de beber, de fumar! Todo ano! Nunca muda. Acho que é por isso que todos os cartões de felicitações vêm com a frase “que suas esperanças sejam renovadas”. E isso é realmente inspirador! E necessário. Porque a cada ano, a nossa principal meta é cumprir todas as promessas q fizemos a nós mesmos no ano anterior!

E então? Qual vai ser a promessa do ano passado q vc não vai cumprir ano q vem?!


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