Pílulas (Frase da Semana)

s vezes nossas escolhas erradas podem nos levar ao caminho certo."

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domingo, 10 de abril de 2011

"Se Você Pular, Eu Pulo"




Existe limite para o amor? O que seria amar de mais ou amar de menos? Como isso pode ser medido?

Vemos e ouvimos o tempo todo histórias e conselhos sobre o amor, sobre como se deve amar e, principalmente, como não se deve. O senso comum nos mostra em textos, canções e histórias o perigo que é amar demais. É no mínimo interessante considerar que o sentimento mais nobre que existe possa ter seu lado macabro, destrutivo. Não posso dizer que eles estão de todo errados.

Amar demais é arriscado. E você não percebe isso até não tenha mais como voltar atrás. É como investir seu bem mais precioso - seu coração - em um negócio que não tem garantia nenhuma. E que no fundo, vc já sabe que não haverá retorno algum.

Amar demais é caro. Existe um preço alto a ser pago, e quem paga essa conta é você. Você paga com atenção, apoio, carinho, afeto, tempo, cuidado, disposição, e nem sempre recebe na mesma proporção. Pode chegar a não receber absolutamente nada...

Amar demais é renúncia. É se importar com a vida de alguém mais do que com seu próprio bem estar. É ter que escolher qual necessidade precisa ser suprida primeiro, e ter coragem de abrir mão do seu conforto em benefício do outro.

Amar demais dói. Dói ver o outro sofrer. Dói se sentir impotente para tirar esta dor. Dói ter que por algum momento se afastar, e ao perdê-lo é como se um pedaço da sua própria carne lhe fosse tirado. E eu não estou falando somente daquela dor poética ou emocional, não. To falando de uma dor física mesmo. To falando de aperto no peito, falta de ar, nó na garganta, pontadas no estômago, pressão na cabeça, agonia, angústia.

Mas amar demais vale a pena. E não é tão difícil explicar o porque.

Amar demais transforma vidas. Se não a sua, certamente a do outro. Amar “mais-ou-menos” não faz diferença na vida de ninguém, não gera mudança alguma. Não opera milagres. Amar demais não é defeito. Nem qualidade. É somente o ápice, o gesto maior de altruísmo e abnegação que foi dado ao ser humano a possibilidade de oferecer. E o mais verdadeiro exemplo que temos é do próprio Deus, quando foi capaz de “amar o mundo de TAL maneira...” (Jo 3:16).

Se o próprio Deus foi capaz de "amar demais", a ponto de dar a própria vida por pobres pecadores miseráveis e estranhos que nada tinham a oferecer, como poderia eu, recebedora imerecida de tal amor, ter coragem de me negar a dar um tiquinho desse amor a quem quer que fosse?

Posso ter muitas coisas do que me arrepender na minha vida. Mas amar demais nunca será uma delas.


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