Pílulas (Frase da Semana)

s vezes nossas escolhas erradas podem nos levar ao caminho certo."

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quinta-feira, 31 de março de 2011

Déjàvù


Fui questionada certa vez (há muito tempo atrás) se era possível alguém sentir falta de algo que nunca teve. Fiquei sem resposta na ocasião. No auge dos meus 13, 14 anos, eu ainda não tinha vivido o suficiente pra ter uma resposta à altura da provocação. Calada estava, calada fiquei.

Agora sinto-me no direito de resposta. Hoje posso afirmar, com toda convicção que, sim, é possível. Tolice acreditar que podemos passar incólumes por todas as coisas que não vivemos, não conhecemos, não experimentamos e ainda assim, passar o resto da vida satisfeitos com isso.

Eu sinto falta de muitas coisas.

Geralmente convivo bem com essas “perdas”, mas vez em quando uma saudade chega, sorrateira, me lembrando das coisas que “poderiam ter sido mas não foram”. Os lugares que não nunca visitei, os livros que não li, coisas que não tive. As palavras não ditas, as decisões adiadas, as atitudes que não foram tomadas, os carinhos que não recebi, os beijos que não dei, os momentos que não vivi, aquilo que eu nunca consegui ser. Ficam todos martelando, um a um, como um Déjàvù. Todas as coisas que eu fiz, senti e vivi somente nas lembranças de um passado que nunca existiu...

Bom, numa perspectiva mais pessimista, eu posso passar muito tempo ainda me lamentando de tudo isso. Mas, na melhor das hipóteses - e graças a Deus a mais provável nesse momento - é q agora eu sei o tanto de coisas que tenho ainda a fazer, a buscar, a construir. Na visão mais otimista, posso olhar para trás e ver que tenho muito trabalho ainda pela frente. Tantas perdas, desilusões e frustrações têm que ser úteis pra alguma coisa, não?


A vida continua sempre em frente, mas é nosso passado que modela quem somos hoje.”


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segunda-feira, 28 de março de 2011

Derrotas


Esse post devia ter sido feito um ano atrás. Mas como só agora eu consegui colocar as idéias em palavras, ainda ta valendo...

Durante toda nossa vida somos ensinados a ser persistente, nunca desistir dos nossos sonhos, a ter muita fé. O que esquecem de nos ensinar é que a vida é feita também de fracassos e perdas. Às vezes irreparáveis. Inevitáveis. O resultado é que quando não somos capazes de perceber as limitações implícitas nos nossos desejos, terminamos por passar muito tempo insistindo num erro.

Essa insistência desmedida torna-se tão prejudicial que podemos não conseguir perceber quando a fé se transformou em obsessão e a persistência em birra. Podemos estar nos gastando, correndo, batalhando, nos cansando por uma causa já à muito perdida. Com a visão exageradamente focada como quem busca uma miragem, querendo o impossível, corremos o risco de perder, além de um tempo precioso, a oportunidade de olhar para o outro lado e construir novos sonhos, desejos, anseios, objetivos, só que dessa vez, mais palpáveis, mais possíveis, mais REAIS.

Ainda preciso aprender essa diferença entre fé e insistência. Em que momento preciso tomar atitudes e partir para a ação, ou quando é a vez de esperar Deus trabalhar. Se posso realmente descansar, acreditando a toda a batalha já está ganha, só porque a Bíblia diz que “somos mais que vencedores”.
O fato de que "a vitória ja nos foi dada" não nos isenta da luta.

Aprendemos a valorizar tanto o “não desistir dos seus sonhos”, que esquecemos que também existe virtude em reconhecer o fracasso e saber o momento certo de sair de cena. Desperdiçamos a dignidade que há em reconhecer o erro, aceitar nossas limitações, a guerra perdida e ainda assim seguir em frente, sem constrangimentos. Tendo enfim a consciência de que foi feito tudo o que era possível – e até impossível. Lutamos o bom combate... mas não foi dessa vez.

A derrota é temporária, e não podemos nos esquivar dela pra sempre. O fracasso é só o fim de mais um capítulo de nossa história. Outro então de iniciará, com chances renovadas e, dessa vez, recheadas com as experiências vividas e temperadas com todos os aprendizados do fracasso que passou.

Pois como diz o bom e velho ditado: “Errar é humano. Mas persistir no erro já é burrice!


"Nada em mim foi covarde,
nem mesmo as desistências:
desistir, ainda que não pareça,
foi meu grande gesto de coragem."

                                                            Caio F. Abreu

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terça-feira, 22 de março de 2011

Amizade


Existem várias maneiras de construir um amigo. Quando falo de construção, me refiro a todas as partes, cada tijolinho que precisa para se formar um bom amigo.

Falo de Parceria. Pois um bom amigo está contigo em todas as horas, ou pelo menos nas mais legais e/ou importantes. Está ao teu lado e do teu lado, andando, trabalhando, lutando, incentivando, enfim, participando da sua vida ativamente. E, mesmo que por algum motivo vocês se afastem, ao se reencontrarem, não importa o tempo, nada muda. A alegria é a mesma.

Falo também de Disposição, ou Disponibilidade. Um bom amigo está sempre disposto a estar contigo. Não tem preguiça de te ouvir, de te ajudar, de te acompanhar. Ele está disponível qdo vc mais precisa, vc está entre as prioridades dele, na medida do possível.

Falo de Compreensão. Da capacidade de entender, mesmo sem concordar. De lhe ajudar a encontrar suas próprias respostas, sem impor as opiniões dele. De Respeitar suas escolhas e fazes das tuas lutas as dele. E batalhar junto contigo.

Falo de Solidariedade. Da habilidade de perceber que alguma coisa está errada (ou muito certa) sem que você precise dizer uma única palavra e, mais que isso, sentir a mesma coisa junto com você. Por escolha.

Falo de Lealdade. Um bom amigo é capaz de te defender dos outros até mesmo qdo você está errado. Ele entra numa briga por você e com você. E não vai te cobrar por isso. Nem tão pouco ser conivente com seu erro. Ele simplesmente te conhece e não abre mão de você por nada!

E falo de também de Confiança. Tão importante quanto você poder confiar nele, é que ele confie em você. De verdade. Um amigo de verdade confia em você de olhos fechados. Mais até. De olhos fechados, de mãos atadas e na beira de um precipício! Parece exagerado? Não, é não. Eu tenho amigos que confiam em mim assim. E isso não tem preço!

Um bom amigo ñ precisa ter toooodas essas características aí, afinal, ninguém é perfeito, né? Mas quanto mais destes atributos ele tem, mais amigo ele é, isso eu tenho certeza. E a soma de “todas as respostas acima” é a diferença que transforma um bom amigo em um verdadeiro irmão!


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terça-feira, 15 de março de 2011

A perseguição do “SE”



Se” = conjunção subordinativa condicional: inicia uma oração adverbial condicional (equivale a caso).

“Condicão”... indefinição. É o q significa essa palavrinha tão pequenininha que têm me perseguido ultimamente, como naqueles filmes de suspense onde ñ importa para onde a mocinha corra, o bandido sempre aparece de repente em sua frente, não dá para escapar.

Hoje, na minha vida, só consigo ver 1 “quando”, que é “quando eu me formar...” Fora isso, todo o resto é “SE”: “SE eu conseguir um emprego eu faço isso”, “SE eu não conseguir um emprego, vai acontecer aquilo”. Parece bobagem, mas tem outros “SEs” bem mais sérios, tipo: “SE eu passar num concurso pra tal lugar, vou morar lá”, mas “SE eu passar pra outro lugar, é lá que eu vou me instalar”. “SE eu tiver dinheiro suficiente, vou fazer uma viagem”, mas “SE eu estiver trabalhando, vou ter que ficar por aqui mesmo”...

Ahhhhhhhhhhhh

E isso ñ é bobagem, são decisões quer podem mudar todo o curso de uma vida inteira.
Eu sei que todos esses “SEs" são presentes na vida de todo mundo, mas eu to ficando sufocada com isso. É uma indefinição tão grande, que me sinto como que “olhando somente um palmo diante do meu nariz”. Não consigo enxergar nada mais, além de todos esses “SEs". É como se minha vida só fosse até julho (quando provavelmente me formo), que é a última data concreta que eu posso planejar. O resto não dá pra ver, programar, sequer imaginar... só quando eu já estiver lá.

Sei que preciso confiar, na verdade eu confio. Sei que não vai se abrir um buraco negro diante de mim no próximo semestre, mas o caso é que enquanto essas definições não chegam, fico assim. Como naquele filme de suspense, tateando no escuro, um passo de cada vez, forçando os olhos pra tentar inutilmente enxergar um pouquinho mais à frente e saber por onde posso andar.

É... ainda bem que a mocinha sempre escapa e nunca morre no final! Esse é o meu consolo...



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quinta-feira, 3 de março de 2011

Sonho Antigo


Essa semana eu comecei a ler um livro q comprei a mais de um mês, “Comer Rezar Amar”. A história se passa com uma mulher que, numa tentativa de se refazer depois de um divórcio conturbado e o fim de um relacionamento destrutivo, a forma q ela encontra para fugir da depressão que a persegue é através de uma viagem durante um ano inteiro em 3 lugares diferentes, 4 meses em cada – Itália, Índia e Indonésia.

Até que eu ñ tava com grandes expectativas sobre o livro, mas conforme fui passando pela história, comecei a me identificar por causa de um sonho antigo. Na 1ª viagem da personagem ela vai p Itália – Roma, mais especificamente – e lá ela descobre que pode, sim, viver um tempo só p ela, em busca unicamente de prazer. Nada de trabalho, estresse, preocupação com relacionamentos, prazos,... nada. Só o prazer, o mais puro e simples – nada de sexo, que fique claro! rs. Essa foi a maneira que ela achou para encontrar a si mesma e, então, poder encontrar a Deus. Estar em um outro país, aprender um outro idioma só pq acha bonito, comer pratos típicos da região tds os dias sem medo de engordar, andar pelas ruelas da cidade, conhecer gente nova, sentir outro clima, ver outro pôr-do-sol... Meu Deeeeeeeeels!!!!!!

MEU SONHO!!!!!!

Sonho de infância, na verdade. Ñ por querer vagabundar no estrangeiro, simplesmente! rs. Mas viajar, conhecer, colocar os meus pés em váaaarios lugares diferentes do mundo. Sempre tive a concepção de que é um enorme desperdício de vida, passar toda uma existência plantada em um só lugar, tendo um mundo inteiro tão grande e diverso pra conhecer. E nossa vida aqui já é tão curtinha...

E isso não é egoísmo. Poder passar um tempo, olhar p si mesmo, descobrir quem é você de verdade, fora das convenções sociais que te prendem, das limitações “geográficas” que te restringem, saber quem vc realmente é quando ninguém (conhecido) está olhando. Poder ver a si mesmo num novo contexto e constatar que não importa o lugar, a essência é a mesma. Mas as oportunidades são infinitas... Conhecer, experimentar, viver outras realidades, novos cheiros, climas, sensações, rostos, lugares, sabores... Abrir o leque da sua vida. E dar-se a chance de ter novas oportunidades.

Ai, ai..

(continua...)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Nunca se está só quando se tem a "Si"

Essa história realmente me despertou esse sonho, q estava quietinho, escondido por debaixo de muito entulho e escombros que restaram de alguns terremotos e tsunamis dos últimos anos, e agora voltou à tona com tanta força.

Principalmente porque agora eu percebi que eu posso sim, fazer isso, e posso inclusive fazer isso sozinha. Posso ter a mim mesma como companhia, e será uma companhia maravilhosa. Acho q esse é o desejo do meu coração que ta latejando a alguns meses dentro de mim e eu ainda não havia dado ouvidos a ele.

Eu até tentei ano passado, quando viajei p Rio, Mossoró e Fortaleza, mas ñ é a mesma coisa. Acho q posso considerar mais como um pequeno ensaio. Por mais que tenha sido uma experiência legal, ñ teve o mesmo impacto, já que eu estava totalmente limitada. Primeiro por falta de $$$ – fazer nada em outro lugar custa um pouco caro, temos q admitir! E segundo pq eu ñ estava só, então ñ tinha liberdade p fazer o q quisesse, ir onde quisesse, na hora que quisesse... Não foi uma experiência plena.

Mas de tudo, minha maior descoberta foi perceber que o q eu pensava ser minha maior limitação – o fato de ñ ter uma companhia p essas viagens – é na realidade o meu passe livre p realizar td aquilo que desejo sem depender da opinião, disposição ou simples vontade de mais ninguém. Foi uma constatação libertadora, perceber isso. A escolha é tão somente e simplesmente minha! Só minha. Sou EU a maior responsável pela minha felicidade e pelas minhas realizações. Essa é a MINHA vida, minha luta, então eu tenho mais é q arregaçar as mangas e batalhar pelo que quero, sem deixar que as circunstâncias me levem a percorrer um caminho que não quero ir. Deus me deu essa vida, me deu livre arbítrio, me deu sabedoria, entendimento e, portanto, o direito de viver isso.

E se é assim, se é para o MEU bem, e felicidade geral do MEU coração, digo ao povo então, que sim, EU VOU É MESMO!!!!


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