Acordei hoje com um documentário na MTV sobre a Amy Winehouse, sua carreira, sucessos, polêmicas... Eu ñ era uma fã, nem conhecia mto seu trabalho. Só um pouco do talento, impossível de não notar. E, claro, as polêmicas. Não importa o quão talentosa uma pessoa seja, aliás, ñ importa quem uma pessoa seja. As pessoas sempre lembrarão dela na mesma medida das polêmicas que ela causou...
No caso da Amy (nossa, q intimidade, rs), a morte repentina e tão precoce fez chover na mídia toda sua trajetória de envolvimento com drogas e álcool. Vi muitos programas de TV, sites e inúmeros comentários sobre a sua transformação de moça simples – gordinha até – em um espectro magro, abatido, doente. Sua degradação a céu aberto. Vi sobre os shows cancelados, a voz desafinada, o andar desajeitado, a maquiagem borrada, o cabelo despenteado.
Vi crueldade. Vi satisfação com o fim trágico dessa história. Vi pessoas celebrarem o resultado de uma vida desregrada, usando como exemplo negativo, justificando os meios pelo fim. Vi intolerância. Vi julgamentos. Vi incompreensão.
Nada disso me choca, infelizmente. A vida dela e tudo q ela fez e passou não me choca nem um pouco. O que me choca é ver pessoas demonstrarem tão pouco amor pelo ser humano. O que me choca é ver pessoas, algumas que até se consideram “cristãs”, se justificando pelo erro do outro, usando o sofrimento alheio pra mostrar o quão “perfeitos e corretos” são por serem tão “diferentes” dela. Comentários como “bem feito”, “esse era o fim que ela merecia”, “ta vendo, isso é q dá”, choveram nas redes sociais, como se ninguém percebesse que dentro daquele corpo magro, embaixo de todo aquele cabelo estiloso, das tatuagens e da maquiagem pesada, havia um ser humano, igualzinho a eles, sofrendo as mesmas dores, fracassos e desilusões que qualquer pessoa está sujeita a sentir... Poderia acontecer com qualquer um. Na verdade, já está acontecendo, aos montes.
Falta de amor. Isso sim me choca...
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